Cultura organizacional orientada pelo Design: Como implementar

Nos últimos 10 anos, o design evoluiu de uma função focada principalmente na estética para um componente estratégico fundamental dentro das organizações. Empresas líderes em design, como a Apple e a Logitech, demonstraram como a integração do design pode impulsionar o crescimento, aumentando receitas e retornos para acionistas.

Com essa mudança, o design passou a influenciar não apenas a aparência dos produtos, mas também a forma como os negócios operam, como contratam talentos, competem no mercado e constroem suas marcas.

Estudos mostram que empresas orientadas pelo design superam seus concorrentes em desempenho financeiro e destacam o impacto positivo do design na lucratividade e fidelidade do cliente.

Negócios digitais precisam ir além de vender produtos ou serviços; é essencial engajar verdadeiramente com seus clientes. Integrar o design de experiência na organização pode transformar negócios, talentos, competição e a marca de uma empresa. Exemplos de sucesso, como a transformação digital da HP e a inovação contínua da John Deere, ilustram como o foco na experiência do usuário pode gerar lealdade e satisfação, elementos essenciais para a competitividade no mercado atual.

A Experiência Além do Produto

Clientes valorizam tanto a experiência de compra quanto o produto em si. Por exemplo, a HP e a John Deere se destacam ao transformar transações em serviços contínuos, aumentando a satisfação e fidelidade do cliente. Empresas orientadas pelo design superam o mercado, mostrando a importância desse investimento.

Quatro elementos de uma cultura orientada pelo Design

1. Compreensão Profunda do Cliente Empresas orientadas pelo design buscam entender não apenas o que os clientes querem, mas por que eles querem. Utilizam etnógrafos e antropólogos culturais para realizar entrevistas contextuais e mapeamento de jornadas de decisão do cliente, como a Sephora e a GE.

2. Empatia Organizacional Para impulsionar uma cultura de design, é crucial ter um líder de design envolvido nas decisões estratégicas, integrando o ponto de vista do cliente em todas as áreas, desde TI até design de produto, como fez o Deutsche Bank.

3. Design em Tempo Real Desenvolver jornadas de clientes requer colaboração entre diversas funções. O método “quatro paredes” de war rooms facilita decisões rápidas e eficazes, permitindo que diferentes equipes trabalhem juntas em tempo real, como a Chrysler ao criar protótipos de dashboards de carros.

4. Agilidade no Processo Lançar produtos rapidamente, através de prototipagem rápida e iteração frequente, é essencial. Exemplos como o Instagram mostram como feedback rápido do cliente pode direcionar melhorias contínuas, evitando erros custosos no futuro.

Perguntas para a Jornada de Design

  • Você tem um líder de design com autoridade real?
  • Você revisa continuamente suas métricas?
  • Designers estão trabalhando com as pessoas certas na organização?
  • Você realmente entende o que motiva seus clientes?
  • Como acelerar seus processos?

Clientes esperam produtos e serviços desenhados para atender suas necessidades e proporcionar experiências excepcionais. Empresas que atendem a essas expectativas são recompensadas com lealdade à marca e maiores lucros. Este sucesso só é alcançado através do design.

A importância de uma liderança estratégica em Design

Empresas que se destacam no design crescem suas receitas e retornos para acionistas quase duas vezes mais rápido que seus pares da indústria. Para capturar o valor total do design, CEOs precisam focar primeiro na liderança de design.

Intervenções para Elevar a Liderança em Design

1. Estratégias Centradas no Usuário Design é mais que estética; é sobre transformar a organização para melhorar a experiência do usuário de ponta a ponta. Um exemplo é a transformação da Logitech, que aumentou seu valor de mercado sete vezes ao adotar uma abordagem de design centrada no usuário.

2. Integração do Designer Sênior no C-Level O design deve estar presente no nível mais alto da organização. Empresas como Apple e Shiseido posicionam seus líderes de design diretamente sob o CEO, permitindo que eles abordem questões organizacionais amplas e tenham a autoridade necessária para desbloquear problemas rapidamente.

3. Uso de Dados de Usuário O equilíbrio entre métricas qualitativas e quantitativas é crucial. Empresas precisam medir a satisfação do usuário e o desempenho do negócio para validar o impacto do design. Líderes de design devem utilizar esses dados para garantir investimentos e gerenciar o desempenho de suas equipes em tempo real.

Responsabilidades claras para líderes de Design

Para que os líderes de design tenham sucesso, é necessário clareza sobre suas responsabilidades e uma combinação de incentivos que balanceiem colaboração e responsabilidade. Empresas devem definir métricas claras que se alinhem aos objetivos estratégicos e ao impacto financeiro da organização.

O impacto dessa estrutura vai além das fronteiras organizacionais. Consultorias de design e inovação, como a Homem Máquina, podem desempenhar um papel vital na transição de empresas para um modelo orientado pelo design. Elas trazem expertise externa, ajudando a implementar práticas de design thinking e a criar soluções inovadoras que impulsionam a transformação digital. Ao colaborar com consultorias especializadas, as empresas podem acelerar sua evolução cultural e tecnológica, garantindo que estejam bem posicionadas para competir no mercado moderno.

Para desfrutar do crescimento e desempenho de empresas orientadas pelo design, a jornada começa no topo, com uma liderança de design forte. CEOs devem empoderar seus líderes de design para serem catalisadores de transformação estratégica ampla, melhorando a experiência do usuário e a organização como um todo. Seja através de mudanças culturais internas ou do suporte de consultorias de design e inovação, a adoção de uma abordagem centrada no design pode transformar significativamente a trajetória de uma empresa.

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